O analista iniciante depara-se com uma dupla alteridade: por um lado, o confronto com um colega mais experiente que, na qualidade de locutor sapiente, interroga sua escuta desde o saber que lhe é atribuído. Quem primeiro escutou deve depois falar; nesta virada, muda a perspectiva do praticante. A supervisão costuma ter uma duração limitada, necessária nos primórdios da prática clínica, tornando-se mais tarde, em certa medida, prescindível, mas nunca descartável e sempre retomável, mesmo que esporadicamente.